segunda-feira, 29 de setembro de 2014

           




           ''Não tinha ninguém cuidando dos passarinhos.Não tinha ninguém cuidando de mim.A natureza é a tradução perfeita de Deus.A natureza é indiferente a todos.'' (Joan Didion)

          ''É realmente possível que uma historia de amor nos faça saltar de uma ponte?'' (Frase gravada na ponte do rio Senna.Autor desconhecido)


 Monologo Primeiro: Motivos

 
Eu saindo do banho. Ela ainda na cama.
 Vou te dizer o  porque você está tomando banho.
 Três motivos.
Primeiro, para que eu possa vê que eu lhe canso. Você só trepa comigo por um motivo nostálgico. Essa é a sua maneira distorcida de ser fiel. Para que, eu ainda não sei. É isso que eu sou para você, uma antiga lembrança.
Segundo motivo: Você não quer me contradizer, me ofender. Covarde! Você prefere me fuder do que admitir que não me quer. Me ama demais para me machucar, é isso? Seu amor é mais sobre lealdade ao passado. A ideia de me machucar te aterroriza! Você estar me ouvindo? Te aterroriza!
Terceiro motivo: Você só vai tomar banho porque espera que eu vá. Espera que eu te siga. Você não ousa dizer que eu cheiro mal, como eu disse, covarde! Meu odor  te desagrada. Você corre para o chuveiro rezando para que te siga, rezando para que eu me lave.

Monologo Segundo:  Um Pedido


Eu quero um motivo para a sua deselegância. É cruel agir como se você tivesse cometido um erro. Como se não pudesse continuar na cama. Como se você devesse tomar um banho. Tipo,'' O que eu fiz?''. Tipo, ''Desculpe ter trepado com você, hein?"'
Você não toma para si atos.
Covarde!
Você só espera que eu lhe diga que estou pronta para acabar com tudo.

Monologo Terceiro:  Citação


Eu em pé com um livro na mão.Ela de joelhos abrindo os botões de minha calça.
Olho para ela ajoelhada perante mim e lhe dedico uma frase do livro que estou lendo,leio em voz alta:

''Como é bom acorda sozinho e não ter que dizer a alguém que você o ama,quando não o ama mais''.

Monologo Quarto: Amor


Eu sentado na cama.
Ela no tapete do quarto chorando. Me diz:

Ser amado não significa que tudo estar bem.
Faço-lhe uma pequena acusação. Ela retruca:
Eu não estou bêbada! Mas eu posso ... Eu posso ficar se você quiser. Sou capaz de beber litros e não me embebedar, ou ficar totalmente embriagada com meio copo. Basta você desejar assim ...

Dialogo único:  Eu te amo.


Deitada sobre meu colo na cama.
Digo algo em tom de novidade: Eu te amo.
Ela responde fria: Eu sei.
Retruco :Como você pode saber que te amo? Como pode ter certeza?
Ela arremata:

No começo, antes deu te seguir para esse buraco ... Nos nossos primeiros dias, eu me embalava para dormi repetindo ''ele me ama, ele me ama, ele me ama, ele me ama... ''Eu disse isso alto, centenas de vezes, como uma oração. Palavras sem sentido. Nós mal nos conhecíamos. Mas algo aconteceu. Eu acreditei que você me amava. Eu tinha fé no nosso amor.
Sabe, essa crença nunca me abandonou:
A de que a gente pode rezar para ser amada.

Ela em pé. Abrindo a porta do quarto:

Você nunca rezou para eu te amar. Você nunca precisou do meu amor.


Nenhum comentário: